

História da Cidade de Belford Roxo
Foi a partir de 1556, que a colonização portuguesa chegou à Baixada Fluminense, usando os rios Iguaçu e Sarapuí. Os índios tupinambás chamavam a região de “Ipuera” (o que foi água), os portugueses chamavam de “brejo” (terreno alagadiço, pântano).
Com o descobrimento do Brasil e a posterior implantação de sistema de capitanias hereditárias, as terras que hoje constituem o município de Belford Roxo couberam a Martin Afonso de Souza, o donatário de São Vicente como o estabelecimento da sede da capitania ficou ao sul, as costas setentrionais foram abandonadas à cobiça dos franceses aliados aos índios Tamoios.
Foi a partir da metade do século XVI que os colonizadores portugueses foram se estabelecendo pelos vales dos rios Iguaçu, Meriti, Sarapuí, Pilar, jaguaré e outros, atraídos pela fertilidade da terra e pelos meios de comunicação fluvial. Através das doação de sesmarias e da criação de freguesias, estas terras foram sendo colonizadas. A freguesia era o distrito de uma paróquia, um pequeno arraial, que surgia devido aos fazendeiros, senhores de engenhos, que os construir a igreja para o cultivo da fé.
As terras que faziam parte das freguesias de Santo Antônio de Jacutinga e a de São João de Meriti, abrange a região que hoje constituem o Município de Belford Roxo e pertenciam à Vila de Iguaçu (decreto de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, 15/01/1883).
A Fazenda do Brejo, a fazenda do Coronel e seus proprietários
Apesar da colonização da Baixada Fluminense em 1566, somente em 1739 é que nas pesquisas aparece como o proprietário da Fazenda do Brejo, Cristovão Mendes Leitão, que procedeu a demarcação de limites como os confrontantes (na época chamados beireós), A Fazenda do Brejo teve vários donos. Um deles foi o Barão de Jacutinga.
Em 1815, o padre Miguel Arcanjo Leite, que era proprietário das terras, em apenas um ano vendeu-se ao Visconde de Barbacena, cujo nome era Felisberto Caldeira Brandt, descendente do Marques de Barbacena. Em 1815, Visconde de Barbacena vende suas terras e benfeitorias ao comendador Manoel José Coelho da Rocha _ comendador agraciado com a Ordem da Rosa, por serviços prestados.
Com a morte do Comendador em 1862, a Fazenda do Brejo foi repartida entre seus herdeiros. Em 1875, uma das herdeiras do Comendador, Maria Angélica de Macedo Coelho da Rocha, adquiriu todas as partes e a terra foi novamente unificada. Esta, após sua morte, passou a seu filho Manoel Coelho da Rocha (neto). Manoel Coelho da Rocha (neto), muito fez pela vila que timidamente surgia.
Em 1872, doou a Inspetoria de Água uma faixa de terra com 30 metros de largura, em toda a extensão entre Belford Roxo e São João de Meriti, para assentamento das adutoras e leito da ferrovia.
Em 08 de julho de 1880, já sócio capitalista da firma Carvalho & Rocha, doou à vila uma caixa d’água, com capacidade para abastecer 500 pessoas e um chafariz, concedendo assim, água ao povo do Brejo.
Os filhos de Manoel Coelho da Rocha (neto), o exemplo de seus antepassados, mantiveram o mesmo interesse pelo progresso da localidade. Trabalharam para a instalação de luz elétrica, incentivaram o transporte ferroviário, principalmente o aumento de comodidade nos trens de passageiros, promoveram visitas de autoridades, na procura de ajuda e proteção local.
Posteriormente, a fazenda pertenceu a Dona Altair Coelho da Rocha Denys, que era trineta do Comendador Manoel José Coelho da Rocha. Atualmente, o remanescente da fazenda encontra-se incorporado ao campus da Associação Brasileira de Ensino Universitário.
O nome de Belford Roxo foi herdado do engenheiro maranhense Raimundo Teixeira Belfort Roxo (como “t” mesmo). Raimundo contribuiu muito a serviço das obras que levaram água ao Rio de Janeiro, na estiagem de 1888. Sem água a Corte Portuguesa contratou o engenheiro Paulo de Frontin foi contratado para captar 15 milhões de litros de água e conseguiu o feito em apenas seis dias.
Significado do Nome
Seu nome é uma homenagem ao Inspetor Geral de Obras Públicas- Raymundo Teixeira Belford Roxo, que muito colaborou na seca de 1888.
Aniversário da Cidade
3 de Abril de 1990
CARACTERÍSTICAS
Município caracterizado pelo forte contingente populacional, Belford Roxo tem na indústria química e na metalurgia sua principal base econômica. É Cidade-dormitório de uma grande massa de empregados que trabalham na Cidade do Rio de Janeiro. Localizada às margens da rodovia BR0-116 (Rio-São Paulo), é servida pela malha ferroviária suburbana do Rio de Janeiro e por uma infinidade de linhas de ônibus que ligam o centro da metrópole aos seus bairros populares. Tem grandes carências, tanto no que se refere à infra-estrutura urbana, quanto na área social. Seus elevados índices de violência refletem diretamente essas carências. Sua Padroeira é Nossa Senhora da Conceição.
COMO CHEGAR
Partindo do Rio de Janeiro: BR-116 (Via Dutra).
Localização
Município da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro
Limites
Duque de Caxias, São João de Meriti e Nova Iguaçu.
Distâncias
35Km da Capital
TURISMO
Principais Pontos Turísticos
Vila Olímpica
Localização: Nova Piam
Bica da Mulata
Bica fundida no tempo do império, é uma estátua de ferro com traços renascentistas. Marcou o início da água potável no Município e simboliza a Deusa das Águas.
Localização: Praça Getúlio Vargas, Centro.
Fonte Rosa
Localização: Bairro Santa Maria
Monumento à Bíblia
Localização: Praça Getúlio Vargas, Centro
Parada de Ônibus
Construção em estilo colonial, lembra as antigas paradas
Localização: Santa Amélia
Praça Mário Pereira Guedes
Praça com quiosque, teatro de arena, coreto, pista de skate e parque de diversão
Localização: Parque São Vicente.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Construção da década de 50, é patrimônio de Belford Roxo. Localiza-se no alto da torre da igreja, em céu aberto.
Localização: Rua Benjamin Pinto Dias, s/nº, Centro.
EVENTOS
Festa de Aniversário do Município
Data: 3 de Abril
Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição
Data: 8 de Dezembro




